sawako nakayasu

SAWAKO NAKAYASU

GROUP

Not dark, nor an intersection, yet one is compelled towards a headlight in the open thoroughness of day: naked insistent arrival at a limited line. Original intentions never materialized, and all we are left with is a wake, an immeasurable pain quotient, and the peaceful dreams of the street singer. One new patient puts in a request for “Georgia,” and everyone sits down in a fit of nostalgia, though no one has ever been and the majority are unsure of which country. The good news is that suddenly there is an everyone, as well as an old sweet intersection. Arms abound, but as darkness descends we are instructed, in 7.5 languages and two dialects of body language, to together hold our hands up to hold it, hold it back.


GRUPO

Nem escuro, nem uma intersecção, mas ainda se é compelido a uma luz na completude aberta do dia: chegada insistente nua em uma linha limitada. Intenções originais nunca materializadas, e tudo o que temos é um quociente desperto e imensurável de dor, e os sonhos pacíficos do cantor de rua. Um novo paciente pede “Georgia” e todo mundo sente um ataque de nostalgia, ainda que ninguém nunca tenha sido e a maioria não tenha certeza de pais algum. A boa notícia é que de repente há um todo mundo, bem como uma velha e doce intersecção. Braços abundam, mas as trevas caem quando somos instruídos, em sete línguas e meia e dois dialetos de linguagem corporal, a levantar as mãos para irmos, irmos para trás.

—translated by rodrigo bravo


LANGUAGE BARRIER

Men in America have a dog. I come back from Europe and you have a dog but not. Men in Europe have. I bark up the stairs and tap the tree for advice. Who has a dog. Men with dogs more likely or less fetching or slightly scarce as men without. When walking the dog, is all about the stride. I can close my eyes and walk for a long time without stepping on any dogshit. I must be in America, so I open my eyes to watch out for men instead. If I have ancient dogcrap on my shoe, I am in France and have been. The men watch, and the women have dogs. From the tree no one is shitting but is conducive to watching. I am not concerned about birds because they do not live on the ground and they barely have feet. I am concerned with the placement of my step after stepping down into soft or hard and your voice is dry. A shy dry or a bored dry or a fake, dry but really shy voice is not talking to me, thus the dog. No dog speaks in this poem, nor do I have a dog, nor am I speaking. Yet American men with dogs have. Although there may still be some French dogpoo on my shoe, I go over and talk. Talking to a dog is acceptable in any language, thus the men. After that, it is not my problem and you understand it as. You are American or European. One dog gets drunk and this is a college town. One dog has sex with a non-dog and this is pornography. One dog shoots some shit and this is a Western. I go for a walk and this is still in English and I am not interested in dogs but men.


BARREIRA DE LÍNGUA

Homens na América têm um cão. Eu volto da Europa e você tem um cão, mas não. Homens na europa têm. Eu lato nas escadas e bato na árvore por conselhos. Quem tem um cão. Homens com cães mais prováveis ou menos atraentes ou ligeiramente mais escassos do que homens sem. Quando se passeia com o cão, é tudo andamento. Eu consigo fechar meus oculos e andar por um longo tempo sem pisar em qualquer merda de cão. Eu devo estar na América, então eu abro meus olhos para montar guarda para homens em vez disso. Se eu tenho antiga bosta de cão no meu sapato, eu estou na França e já estive. Os homens assistem e as mulheres têm cães. Da árvore nenhum está cagando mas é conducente a assistir. Eu não estou preocupada com os pássaros, porque eles não vivem no chão e mal têm pés. Eu estou preocupado com a colocação do meu passo depois de pisar em baixo dentro macio ou duro sua voz está seca. Um tímido seco ou um chato seco ou um falso, seco mas tão tímida voz não está falando comigo, portanto o cão. Nenhum cão fala neste poema, nem estou falando. Mas homens americanos com cães falam. Embora ainda possa haver cocô de cão, no meu sapato, eu vou e falo. Falar com um cão é aceitável em qualquer linguagem, portanto os homens. Depois disso, não é meu problema e você o entende tal como. Você é americano ou europeu. Um cão fica bêbado e isso é [uma cidade universitária]. Um cão faz sexo com um não cão e isso é pornografia. Um cão atira merda e isso é um faroeste. Vou dar um passeio e isso ainda está em inglês e não estou interessada em cães, mas em homens.


PHONE CALL FROM THE BALCONY

comes in on the thick line between there and herein. Do you see me waving. On the other line, static and several hundred years. Or, string two cans. We lean over the edge in order to put an end to unsuspecting calls, but unfortunately I heard your voice and got on the hook. Reeling from the mad rush to respond, everyone continues to lean and shout — around and over the periphery, causing me to lose my breathing and my intent. I pick up the other line, but the multiple answer is always _____ .


TELEFONEMA DA SACADA

entra na espessa linha entre lá e aqui. Você me vê acenando. Na outra linha, interferência e várias centenas de anos. Ou, amarre duas latas. Nos encostamos por cima da beira para pôr um fim para insuspeitada chamada, mas infelizmente eu ouvi sua voz e subi no gancho. Cambaleando da corrida maluca para responder, todos continuam a encostar e gritar — por volta e por cima da periferia, causando eu perder minha respiração e minha intenção. Eu ligo para a outra linha, mas a resposta múltipla é sempre _____ .


WITH A GUN UNDER HER KNUCKLE, SHE 

untied her seatbelt from the floor, peeled herself away from the fireplace, and rested her eyes on the dessert tray.


COM UMA ARMA SOB OS DEDOS, ELA 

desatou seu cinto de segurança do chão, descascou-se longe da lareira, e descansou os olhos dela na bandeja de sobremesa.

—translated by sean negus
Sawako Nakayasu is an artist working with language, performance, and translation – separately and in various combinations. She has lived mostly in the US and Japan, briefly in France and China, and translates from Japanese. Her books include The Ants, Mouth: Eats Color – Sagawa Chika Translations, Anti-translations, & Originals (a multilingual work of both original and translated poetry), and Costume en Face (a translation of a handwritten notebook of Tatsumi Hijikata’s dance notations). She is co-editor, with Lisa Samuels, of A Transpacific Poetics, a gathering of poetry and poetics engaging transpacific imaginaries.